O estande da Fecomércio/Sesc/Senac nesta sexta-feira (2) oportunizou aos visitantes aprenderem a receita de um dos doces mais tradicionais da história de Pelotas: o bem casado. Quem ministrou a oficina foi a doceira e empresária Maria Helena Jeske.

Ela iniciou no ramo doceiro há 27 anos. Para ajudar na renda familiar, a jovem recém chegada do interior de Pelotas, e grávida, aprendeu a produzir os doces tradicionais de Pelotas e nunca mais parou. “Eu sempre cozinhava na casa dos meus pais, tinha 5 ovos e precisava alimentar 6 pessoas, então não me apertava. Aprendi a fazer os doces, mas também aprendi sobre a história deles, e isso me encantou”, conta Maria Helena.

O bem casado é um dos 14 doces que hoje ela produz na fábrica da Imperatriz Doces Finos. Os produtos, certificados com indicação geográfica, são vendidos em Pelotas, Porto Alegre e região central do estado.

“No total a gente produz mais de 80 tipos de doces, e todo ano traz pra Fenadoce novidades. Esse ano tem o doce das Baronesas e o Simões Lopes Neto”, explica.

Na aula-show desta sexta-feira ela ensinou os segredos da receita do bem casado. O público conheceu todos os detalhes da fabricação artesanal de um dos símbolos da doçaria pelotense.

“Conta a história que são dois biscoitos de pão de ló esquecidos, unidos por ovos moles, e glaceados que forma o bem casado. Esse era um doce oferecido pelas moças, nos saraus, aos seus pretendentes”, conta Maria Helena.

Com a fábrica e as lojas da Imperatriz Doces Finos, Maria Helena tem hoje mais de 60 funcionários e se tornou uma referência na cidade em manter viva a tradição secular do sabor de Pelotas.

A 30ª Fenadoce é apresentada pela Osirnet com Patrocínio Master do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Patrocínio do Banrisul, Sicredi e Gelei, apoio da Ecosul, Apoio Institucional do Grupo RBS, Câmara de Vereadores de Pelotas e Prefeitura Municipal de Pelotas, além da realização da CDL Pelotas.

Fotos: Rafael Takaki